segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Transformação de Dentro para Fora


Muitas vezes dizemos que seres humanos são “bichos de relação”. Temos a vida norteada e sustentada por relações de todos os tipos: afetivas, profissionais, familiares, espirituais. Relações do passado, presente e futuro parecem construir nossas histórias. Muitas vezes nos sentimos marcados e até nos definimos a partir das relações. Conversamos sobre elas nas rodas de amigos, consultórios, escolas, no trabalho, na folia… Segredos, momentos de alegria e êxtase, noites insones… Ah, as relações… Como tranformá-las?
Olhando de modo mais honesto, a maioria delas talvez tenha um tom utilitário. Oferecemos uma lista de necessidades a alguém, que nos oferece lista semelhante e negociamos. “Ok, amo você, aceito fazer o que me pede, caso você cumpra isso e mais aquilo…” E seguimos, entre pequenas alegrias e grandes frustrações. Parece um jeito pouco hábil de ser feliz.

S.S. Dalai Lama nos lembra que todos aspiramos encontrar a felicidade e ultrapassar o sofrimento. Será que podemos amar de modo mais profundo, tecer relações mais saudáveis, afinadas com nossas aspirações de felicidade?
Uma das práticas mais comoventes que o budismo nos oferece é Metabavana – Meditação do Amor Universal. Tal prática tem se mostrado uma preciosa ferramenta que opera em nossos corações e mentes, gerando espaços por vezes inusitados.

A partir dessa prática geramos mundos nos quais as relações saudáveis e lúcidas são possíveis.
A partir de ambientes sutis, descobrimos novos caminhos, novos modos de tecer as relações. Focamos cada pessoa, incluindo a nós mesmos, as árvores, os bichos… “Que meu filho seja feliz e ultrapasse o sofrimento. Que encontre as causas da felicidade e ultrapasse as causas do sofrimento. Que seus automatismos se dissolvam e surja nele um olho de lucidez instantânea diante de tudo e de todos. Que ele seja capaz de gerar benefícios aos outros e encontre nisso sua fonte de energia”.

“Que meu filho seja feliz”. Parece incrível, mas raramente temos essa visão. Sentimos que amamos muito nosso filho, mas geralmente aspiramos que ele “se dê bem na vida”, que nos respeite, ou algo semelhante. De modo aparentemente “natural”, surgem em nossa mente algumas – ou muitas – condições que consideramos necessárias para seu bem-estar, vitórias, conquistas, etc. E se tais condições não se manifestam, a relação desanda, a comunicação fica comprometida e a lucidez nos falta. Olhar para o próprio filho a partir de outros referenciais pode transformar por completo uma rede de relações ligadas ao passado, presente e futuro.  

Descobrimos que nossas necessidades de controle, e todas as negociações e estratégias de controle podem cessar.
A vida fica mais simples. As relações saudáveis vão surgindo aqui e ali, e um novo tecido humano se torna possível.


A prática de Metabavana, aparentemente simples, tem restaurado relações de modo surpreendente. Funciona.
Não porque usamos palavras mágicas, mas porque nosso olhar constrói. Revela a co-emergência operando. Mas isso já é outra história. Melhor experimentar. E se preparar para amar de modo mais profundo. Que todos sejam felizes!

Fonte: Revista Bodsatva - http://bodisatva.com.br/ - 14 Oct 2011

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Escola de Pais

Olá,

Fico feliz em compartilhar com você e convidá-lo a fazer parte da Escola de Pais da Escola Arco Íris. É um passo importante para o nosso aprendizado, conhecimento da Antroposofia e da pedagogia Waldorf aplicada na escola onde meu filho estuda e que tanto bem tem feito a nossa família.

Um olhar diferente para o mundo. Uma oportunidade para o nascer de um novo futuro a partir de seres livres que poderão contribuir de forma iluminada para a construção de um mundo realmente melhor.

O grupo é aberto, fique a vontade para repassar o convite para a sua rede de contatos.

Fraterno abraço,

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Olá,

Lendo esta definição voltei a recordações de anos atrás quando não tinha em meus pensamentos e planos ter um filho. Ainda bem que o Universo conspirou (e nós ajudamos) para que essa criaturinha tão especial que é nosso filho tenha nos dado a honra de nos escolher como pais e nos proporcionar esta vivência especial de amar, amar sobre todas as coisas.

Definição de filhos por José Saramago:

"Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente, da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo".

Uma confissão: eu fiquei muito melhor ;o)))


Com amor. Boa semana.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O significado da Pedagogia Waldorf nos tempos atuais

A importância da Pedagogia Waldorf é maior hoje do que na época do seu surgimento no início do século. A afirmação é da representante da Associação Internacional dos jardins de Infância Waldorf no Brasil, a pedagoga Christa Glass. Ela acredita que a humanidade evoluiu na área tecnológica e científica, mas deixou muito a desejar quanto ao aperfeiçoamento de valores morais.

Todo o aparato tecnológico veio para poupar o tempo e facilitar a vida das pessoas e isso tem sua validade. Entretanto, a falta de desenvolvimento na consciência levou a exageros como o de querer educar a criança por meio de computador já na pré-escola. Não é que os recursos tecnológicos não devam ser usados, eles podem ser empregados, desde que na hora certa. Uma criança na pré-escola anseia por exemplos vivos para aprender a lidar com o próprio corpo e com a própria vida. Nenhuma máquina pode desempenhar esta função – só mesmo o ser humano. Em sua palestra, Christa descreveu as crianças de hoje: “Elas estão mais acordadas, presentes, acabam de nascer e nos olham com um grande ponto de interrogação, então acreditamos que são super inteligentes e que temos que ensinar-lhes muitas coisas”. Mas será que ensiná-las a manusear artefatos eletrônicos é uma verdadeira preparação para o futuro? Segundo Christa, preparar para o futuro é justamente um dos objetivos da Pedagogia Waldorf, e não só para o futuro individual: o que se tem em vista é contribuir também para a própria evolução da humanidade. Para isto é fundamental buscar a essência humana e compreender como essa essência pode desabrochar.

Christa Glass questionava em sua palestra: “O que de fato é essencial ao ser humano? É poder competir melhor, fazer o vestibular, ser Doutor e ganhar muito dinheiro? Ou encontrar o seu campo de atuação dentro da sua proposta de vida e crescer no seu processo individual de evolução? A Pedagogia Waldorf acredita na segunda hipótese e desenvolveu recursos pedagógicos para atingir essas metas, como por exemplo, o uso de materiais naturais e brinquedos artesanais, a narração de contos de fadas, a abordagem artística de conteúdos teóricos, entre outros procedimentos. Tais recursos não colocam a criança fora da realidade, como pensam alguns. Pelo contrário, dão a ela uma rica vivência interna e imagens que a fortalecem psiquicamente, tornado-a apta a enfrentar a dura vida moderna.

O nosso tempo cultua as máquinas. Apesar do aparente progresso que elas representam, a sociedade se mostra cada vez mais desumana e mais perto de casos de violência, adolescentes envolvidos com drogas, gravidez precoce, suicídios e total perda de valores e respeito pelo ser humano. É por isso que a Pedagogia Waldorf criada em 1919, é mais atual do que nunca – ela busca, acima de tudo, conectar crianças com o que há de mais humano em seu interior.

*Texto extraído do Informativo da Escola Pólem em BH.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Mais um ensinamento

Torne-se um lago

O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d"água e bebesse.


"Qual é o gosto?" perguntou o Mestre.


"Ruim" disse o aprendiz.


O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.


Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago, então o velho disse:


"Beba um pouco dessa água".


Enquanto a água escorria do queixo do jovem, o Mestre perguntou:


"Qual é o gosto?"


"Bom!" disse o rapaz.


"Você sente o gosto do sal?" Perguntou o Mestre.


"Não" disse o jovem.


O Mestre então sentou ao lado do jovem, pegou sua mão e disse:


"A dor na vida de uma pessoa é inevitável. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Então, quando você sofrer, a única coisa que você deve fazer é aumentar a percepção das coisas boas que você tem na vida.
Deixe de ser um copo. Torne-se um lago".

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Receita chinesa para viver

Olá,

Você certamente esperava encontrar uma receita mágica feita com ingredientes especiais, pouco conhecidos e que além de tudo faça efeito sem muito esforço. Na verdade é o que todos procuram, porém se enganam.

A receita para uma vida longa e saudável não está num vidro ou numa fórmula. Assim como muitas coisas na vida dependem de ATITUDE, esta receita que agora vou te apresentar também fala de atitude como nos ensinam os sábios orientais.


Eis que um ocidental em visita à China ficou surpreso de ver a quantidade de velhos saudáveis e, curioso a respeito da milenar medicina chinesa, indagou a um experiente médico qual o segredo para se viver mais e melhor.


Ouviu do mesmo a sábia resposta:

"É muito simples. É só:
Comer a metade. Andar o dobro. E rir o triplo."

Quando você vai começar? Depois me escreva e conte como está sendo esta experiência.



Fraterno abraço

Angel

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Dança comigo?

Abril...
O tempo vai passando e cada fase na vida de um filho é a maior alegria. Tenho vivido muitas e sinto estar sem tempo para escrever, pois teria um "case" para contar por dia, mas este eu não quero perder. Na última segunda-feira, ao voltar para casa após a escola o jantar já foi uma delícia. Divertido como sempre é quando cardápio são panquecas. Aliás, massa de panqueca por que o garotinho não curte o recheio. Ele ajuda a misturar os ingredientes, lembra que não pode faltar o "fio dourado" (azeite de oliva), farinha de trigo integral, uma pitada de sal e pimenta e outros sabores.... Depois disso a melhor etapa, fazer as letras do nome e comê-las uma a uma.

Mas o melhor veio em seguida: "Mãe, vamos ouvir uma musiquinha." E lá foi ele atrás do aparelho de som portátil, herança da tia Fátima, sintonizou em uma frequencia qualquer e me convidou para dançar!

Passos prá cá, passos para lá e a nossa cozinha se transformou em salão de baile. Uma maravilha. Aquela mãozinha, o sorriso no rosto, era só alegria. Acho que vamos ter um pé de valsa em casa. Assim seja!

Era isso. Até a próxima história.